Porque me fizeste brinquedos com bogalhos e espigas de milho.
Porque também detestavas lagartixas, como eu.
Porque nada te aborrecia, nem sequer o barulho dos mais novos quando já estavas doente.
Porque me ensinaste a dar sempre o benefício da dúvida.
Porque defendias sempre toda a gente, mesmo os que não tinham razão.
Porque detestavas conflitos, por mais pequenos que fossem.
Porque brincavas sempre, mesmo quando o assunto era sério.
Porque fazias coisas mágicas como adivinhar que tempo vai estar amanhã.
Porque lutaste sempre tanto e até ao fim.
Porque dizias sempre o que pensavas, mesmo que parecesse não ter importância.
Porque alinhavas sempre nas minhas poses para as fotografias e eras a mais perfeita das modelos.
Porque a cada queda te levantavas sempre do chão com mais força.
Porque tinhas sempre as mãos estendidas e os braços abertos.
Porque sorrias tanto quando vias camélias e violetas.
Porque me ensinaste o que é a bondade.
Por tudo isso e por tantas outras coisas.
Esta carta é para ti, avó.
...
Wednesday, November 25, 2009
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Silêncio
ReplyDeleteBeijocas grandes
Cláudia